Os cristãos chamavam atenção não porque usavam roupas diferentes ou porque eram melhores do que os outros. Eram, muitas vezes, até mais pobres, mais necessitados, mas eram os mais alegres e felizes, tinham uma alegria contagiante e testemunhavam-na.
Alegria, em primeiro lugar, da partilha, pois não passavam necessidades entre si, repartiam o que tinham. Depois a unidade: não eram sozinhos, eram irmãos, cada um podia cuidar do outro. Estavam presos, mas não se sentiam sozinhos na prisão, porque quem estava do lado de fora estava unido a eles em oração, em vigília; estavam, de alguma forma, vivendo o mesmo que eles.
A comunhão vivida entre eles era um grande testemunho. Era como se dissessem: “Eu não sou cristão sozinho, eu estou em comunhão com outros que vivem a mesma fé que eu”, por isso mesmo, na prisão, não estavam tristes nem desanimados; pelo contrário, faziam aquela prisão tremer com oração, com louvores e cânticos. De modo que o próprio anjo do Senhor os fez sair da prisão para que fossem testemunhar e falar ao povo sobre este modo de viver.
Meus irmãos, Deus não nos quer presos, não nos quer de forma nenhuma intimidados com a nossa forma de vida; pelo contrário, Ele quer que levemos nossa forma de viver, a nossa alegria a outros. Mas, antes de levar, precisamos primeiro viver a alegria de ser de Cristo, de ser discípulo d’Ele e tê-Lo como o Senhor de nossa vida. A alegria de termos a vida em comum, não que todos sejam iguais ou cópia um do outro, mas sim a mesma fé, uma vida em comum enquanto seguidores de Cristo, e somos capazes de cuidar uns dos outros.
Quando testemunhamos aquilo que vivemos, nosso modo de viver passa a ser almejado também por outros!
Deus abençoe você!
Pe. Roger Araújo