quarta-feira, 27 de abril de 2016

As divergências da Igreja


Como ramos da mesma videira, Paulo e Barnabé, com uma visão e outros apóstolos de origem farisaica convertida, com outra visão, divergiam em alguns pontos.

Jesus foi um revolucionário. Veio e quebrou um monte de costumes e tradições criadas pelo homem em nome de Deus mas que, no fundo não tinha nada de Deus e sim, só do homem. A circuncisão foi uma delas. Talvez até Ele nem tivesse sido claro especificamente sobre esse ponto, mas da maneira que ensinou, os mais rápidos de raciocínio logo viram onde está a eficiência da absorção da seiva do tronco da videira.

Essas divergências vivem ocorrendo entre os cristãos. Carregamos costumes e tradições que vamos criando e muitas vezes vamos ficando longe do essencial sem perceber. Alguém inventa uma maneira nova de louvar ou pedir a Deus, vai influenciando os de sua convivência, seus grupos de oração ou pastorais, vão ensinando seus filhos, e daqui a pouco aquilo começa a ser repetido como uma verdade inquestionável.

Esquecemos da simplicidade de Jesus. Quanto mais simples, melhor. Quanto mais fácil de entender, melhor. Ficar complicando era coisa dos Sacerdotes judeus, que queriam só eles terem o "direito" (que eles inventavam) de estar ligados a Deus. E hoje, isso não acontece...? 

Pois bem, não se pode quebrar aquilo que faz parte da fé da pessoa. Se um determinado costume fortalece a fé dela, não podemos ser nós que vamos querer simplificar e acabar por tirar ou diminuir a fé da pessoa. Se esse costume for complicando a vida da pessoa (e isso acontece muito) e daqueles que ela influencia, será necessário que Deus "limpe" o ramo para que dê mais frutos. E às vezes essa limpeza dói. Mas tem que ser Ele que a faça.

Essas divergências ocorrem na família, na igreja, nas pastorais, nos movimentos religiosos, etc.. É preciso que as opiniões sejam respeitadas e ao mesmo tempo que não sirvam de motivo para perda de fé de nenhum dos lados. A melhor maneira de se acalmar ou acomodar o mal estar é consultar o orientador espiritual envolvido na questão e seguir essa orientação. No caso da família, consultar um padre, por exemplo. Nunca deixar a dúvida sem resposta.

E, o principal, nunca perder de vista o tronco (Jesus) de onde vem toda a nossa seiva e fortalece a nossa ligação a Ele.

Senhor, peço-lhe sabedoria para entender, misericórdia para acolher e caridade para dar. E agradeço por saber que nada sou sem Ti.

Amém.

AEAD
Anunciadores do Evangelho e do 
Amor de Deus