terça-feira, 23 de julho de 2019

O que fazem os homens quanto ao Mestre JESUS


Que fazem os homens do Mestre divino, no campo das lições diárias? 

Os ociosos tentam convertê-lo em oráculo que lhes satisfaça as aspirações de menor esforço. 

Os vaidosos procuram transformá-lo em galeria de exibição, por meio da qual façam mostruário permanente de personalismo inferior. 

Os insensatos chamam-no indebitamente à aprovação dos desvarios a que se entregam, à distância do trabalho digno. 

Grandes fileiras seguem-lhe os passos, qual a multidão que o acompanhava, no monte, apenas interessada na multiplicação de pães para o estômago. 

Outros se acercam dele, buscando atormentá-lo, à maneira dos fariseus arguciosos, rogando “sinais do céu”. 

Numerosas pessoas visitam-no, imitando o gesto de Jairo, suplicando bênçãos, crendo e descrendo ao mesmo tempo. 

Diversos aprendizes ouvem-lhe os ensinamentos, ao modo de Judas, examinando o melhor caminho de estabelecerem a própria dominação. 

Vários corações observam-no, com simpatia, mas, na primeira oportunidade, indagam, como a esposa de Zebedeu, sobre a distribuição dos lugares celestes. 

Outros muitos o acompanham, estrada afora, iguais a inúmeros admiradores de Galileia, que lhe estimavam os benefícios e as consolações, detestando-lhe as verdades cristalinas. 

Alguns imitam os beneficiários da Judeia, a levantarem mãos-postas no instante das vantagens, e a fugirem, espavoridos, do sacrifício e do testemunho. 

Grande maioria procede à moda de Pilatos que pergunta solenemente quanto ao que fará de Jesus e acaba crucificando-o, com despreocupação do dever e da responsabilidade. 

Poucos imitam Simão Pedro que, após a iluminação no Pentecostes, segue-o sem condições até a morte. 

Raros copiam Paulo de Tarso que se ergue, na estrada do erro, colocando-se a caminho da redenção, passando por impedimentos e pedradas, até o fim da luta.

Vinha de Luz