Ninguém acredita mais nas coisas do que as crianças. Acreditam em Papai Noel, acreditam no coelhinho da Páscoa, em assombração, etc.
Por quê? Porque têm mente aberta, coração aberto, falta de malícia. Nessa fase em que acreditam em tudo que lhes ensinado, ainda não entrou a maldade humana, a verdade humana. A partir do momento em que ela for descobrindo o que vai de fato dentro do ser humano, ela começa a amortecer, a anestesiar a fé. Uma pena.
Mas, de certa forma, o pecado original é exatamente essa imagem. O homem perdendo a doçura do crer, do deixar-se no colo de Deus e querer sair andando por aí, para onde quiser. Dispensar a proteção do Pai e achar que tudo pode, sozinho. É o maldoso pondo na cabeça da criança influências negativas a respeito de seu próprio pai. Nessa fase infantil a criança aceita como verdadeiro qualquer coisa que lhe disserem.
E depois que perdemos a fé, ou que a deixamos guardada no fundo do baú, ou no fundo da nossa consciência (ou alma), para trazê-la à tona é difícil. Principalmente porque somos bombardeados o dia inteiro por propagandas e notícias que nos induzem a mantê-la quietinha, adormecida, onde está. E até pelo contrário, subliminarmente vão dizendo que ela nada pode.
Jesus veio acordar essa fé. Fez isso o tempo todo. Disse que temos que nascer de novo. Disse que temos que ser como crianças, que delas é o Reino dos Céus, pois a criança é a fé viva e ambulante.
São Tiago diz que o antídoto para a falta de fé adulta é a oração da comunidade intercedendo por quem precisa. É lógico: é necessário somar pequenas gotas de fé que sobram em cada um dos adultos, que estão afloradas quando eles a deixam aflorar, para fazer efeito e curar quem eles querem, quem está no foco.
Senhor, me ajude a limpar de minha memória, de minha alma, tudo aquilo que seja negativo e que amarram minha fé; que diminuem o poder incomensurável dela. Para que eu possa melhor servi-Lo.
Amém.
AEAD
Anunciadores do Evangelho e do
Amor de Deus