quinta-feira, 17 de março de 2016

Fugindo da morte


Nesse final de tempo quaresmal temos a oportunidade de meditar sobre o início e o fim do Plano de Salvação de Deus para conosco.

Milhares de anos escravos a todo tipo de opressão, como aparecer na frente do homem e não matá-lo só com o contraste da benevolência com a malevolência? Sim, porque mesmo hoje não temos estrutura física, mental e psicológica para encarar Deus frente a frente sem nos derretermos.

Abraão foi a porta de entrada. O primeiro que conseguiu ouvir que Deus chamava, o primeiro que acreditou, o primeiro que teve fé; depois do corte do cordão umbilical que ligava Adão a Deus. Por Abraão começamos a entrar no Reino dos Céus, aqui na Terra.

Jesus já é o próprio Reino dos Céus. Foi a maneira de Deus se apresentar a nós, de uma forma que não nos derretesse. Ou que não nos derrete. O Corpo Dele é o invólucro que mantém a benevolência, o amor protegido contra a entrada do mal e ao mesmo tempo contra a saída descontrolada do bem, que nos aniquilaria numa comparação (julgamento) natural. O remédio que cura, também mata se não for controlada a dose. 

Dessa forma, Deus, na forma de Jesus pôde falar para nós como vencer a morte. Ou seja, como jamais ver ou saber o que é a morte. Algumas pouquíssimas pessoas não experimentaram ou não experimentam a morte nessa nossa atual fase de andamento do Projeto de Deus. Madre Tereza de Calcutá? São João Paulo II? São João XXIII? Papa Francisco? Provavelmente sim.

Podemos nós também ficarmos iguais? Claro! Mas é muito difícil pois as amarras são enormes. Começa da família cobrando nossa "coerência" como membro da família... Só isso, que é um ato de amor, mas "egoísta", já liga à morte. O resto, o dia a dia, as preocupações, as coisas que nos afastam da fé, nos afastam de Deus, por nossa vontade e decisão, baseadas no que aprendemos da Terra, nos condicionam a não aprender o que vem do Céu. "A verdade vos libertará".

Hoje, é difícil compreender tudo isso. Quase impossível praticar o amor de Deus na essência. Imagine os fariseus e doutores da lei com toda aquela soberba, se havia espaço para a humildade deixar entrar a sabedoria...

Senhor, me ligue, me acenda, me aquece por favor; de tal forma que eu não me desligue nunca do Vosso Amor, da Vossa Vida, que é eterna e que eu não conheça a morte. Que eu guarde em mim, acesa, viva, a lembrança de que Jesus ao vir até mim, venceu a morte, mostrou como se acaba com ela para viver eternamente no Vosso Reino.

Amém.

AEAD
Anunciadores do Evangelho e do 
Amor de Deus