No Evangelho, o que mais chama a atenção é o fato de que,
Jesus, para tomar a decisão de escolher os 12 Apóstolos, passou a noite
rezando. Ele, autor da fé, filho de Deus, maior homem de todos os tempos. Usou
desse subterfúgio para tomar uma decisão. Lógico que era importantíssima. Mas,
para deixar que Deus conduzisse seu pensamento, para que afastasse os ruídos do
mundo, não ficasse confuso em seus sentimentos (se é que podemos dizer ou
pensar tudo isso...), pediu a Deus uma ajuda, uma luz, nessas decisões.
"Talvez tenha sido para só para nos dar o exemplo. Só para
chamar a nossa atenção, nos ensinar como fazer as coisas. E como gostaríamos de
fazer igual! Ter essa concentração. Ter essa atitude. E depois, tomar as
decisões corretas. Ter a certeza de as ter tomado!
Só que, se passamos a noite em claro, rezando,
normalmente é porque estamos com muito medo de algum mal que nos aflige. Alguma
preocupação excessiva. Algum aborrecimento que nos tirou o sono... Porque não
temos fé! É muito diferente.
Nessas horas precisamos é mudar nossa cabeça e nosso
coração: primeiro entregar a Ele o problema e acalmar (pode ser seguido de
orações de louvor e agradecimento: por Ele nos colocar diante de algo que temos
que ter certeza de que somos capazes de resolver; senão Ele não teria nos
colocado lá. E pela oportunidade de crescer com aquilo. É nas crises que
crescemos de forma memorável, que damos valor a muita coisa e fortalecemos
nosso espírito). Em seguida, já calmos, rezar com bastante fé e leveza até que
enxerguemos a solução. Se não enxergar, deixe para outra hora. Volte a se
colocar em estado de oração em outro momento, sem pressa. Para Deus, hoje,
amanhã, ontem, é tudo a mesma coisa. Para que a pressa? Muitas vezes, a não
atitude pode ser o melhor remédio. Não por irresponsabilidade ou negligência,
mas por não achar a solução mesmo. "O que não tem remédio, remediado
está!"
E outra coisa: durante a oração, certamente surgirá o
sentimento convicto de que os nossos planos, não são os Planos de Deus. Se for,
a solução surgirá. Outra coisa ainda: a oração é um ato de humildade. Nada
somos, somos muito pequenos, somos servos, servidores; nossa vontade deve ser a
do Mestre, Patrão, Pai... Se esses sentimentos se sobrepuserem a todos os
outros, nosso coração se acalmará, receberá a Paz de Cristo, a paz que Ele
trouxe e que quer que entendamos. Não a paz do mundo, dos homens. Onde uns
precisam se submeter a outros para se sentirem em paz... [...]
Deus nos abençoe hoje. Que a alegria dos homens (Jesus)
possa ser sentida a nosso lado todo o tempo. Que a nossa semana seja assim.
Amém.
AEAD